domingo, 22 de maio de 2011

Beata Dulce dos Pobres: Brasileira!


 Missionária da caridade se torna a primeira beata baiana

Neste domingo, 22, o Brasil vai conhecer a sua primeira beata baiana. Trata-se de Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, Irmã Dulce, mais conhecida por “Anjo Bom da Bahia”, que será beatificada, às 17h, no Parque de Exposições de Salvador. A cerimônia será presidida pelo arcebispo emérito da capital baiana, o cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, nomeado delegado papal.

A causa da beatificação de Irmã Dulce teve início em janeiro de 2000, pelo próprio dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramitava na Congregação das Causas dos Santos do Vaticano, e, em 21 de janeiro de 2009 o dicastério anunciou o voto favorável reconhecendo Irmã Dulce venerável, primeiro estágio rumo à santidade.

As virtudes heroicas (requisitos para o início do processo formal de canonização) de Irmã Dulce foram reconhecidas pelo papa Bento XVI em 3 de abril de 2009, que aprovou  o decreto. Com o seguimento da causa, em 9 de junho do ano passado,  aconteceu o último estágio do processo de beatificação: o corpo da religiosa foi desenterrado, exumado, velado e sepultado novamente.

O cardeal Geraldo Majella anunciou, no dia 27 de outubro de 2010, em coletiva de imprensa na sede das Obras Sociais de Irmã Dulce (Osid), em Salvador, a beatificação de Irmã Dulce, última etapa antes da canonização. A recuperação de uma intensa hemorragia sofrida pela sergipana Cláudia Cristiane Santos Araújo foi o primeiro milagre reconhecido pelo Vaticano ainda em 2009, que possibilitou o seguimento da causa.

Quem foi Irmã Dulce

Irmã Dulce nasceu no dia 26 de maio de 1914, em Salvador (BA). Aos 13 anos de idade começou a ajudar idosos, doentes, pobres e mendigos pelas ruas de Salvador. Nessa idade ela já rezava a Santo Antônio para saber se deveria começar uma caminhada na vida religiosa. Tentou ingressar no Convento do Desterro, mas por sua idade foi recusada. Em 1932 ela foi aceita, depois de concluir seus estudos e ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição de Sergipe. Em agosto de 1934 fez sua profissão de fé e voltou à Bahia para dar continuidade aos seus trabalhos de caridade com os pobres.

Irmã Dulce se encontrou com o beato João Paulo II em duas oportunidades; uma quando ele fez sua primeira visita ao Brasil, em 1979. A segunda, porém, aconteceu onze anos depois, em 1991, na terceira visita do pontífice a este país. Aquele seria o último encontro dos dois.
Diversos estabelecimentos de caridade foram fundados pela religiosa, entre eles, o Hospital Santo Antônio; o Centro Educacional Santo Antônio, que abriga mais de 300 crianças de 3 a 17 anos; e o Circulo Operário da Bahia, que promove atividades recreativas e culturais.

O “Anjo Bom da Bahia” morreu em 1992, aos 77 anos, no seu quarto. Seu corpo foi enterrado na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Assistenciais Irmã Dulce.

A cerimônia
A Cerimônia de Beatificação consiste em leitura da biografia resumida da religiosa, leitura da proclamação de beatificação e descerramento da imagem oficial de irmã Dulce como “Bem Aventurada Dulce dos Pobres”. Este será o auge do evento, que espera receber cerca de 70 mil fieis no Parque de Exposições de Salvador. O título de santa, porém, só poderá ser conferido após a comprovação de mais um milagre intercedido pela religiosa e reconhecido pelo Vaticano.

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